Idealizada por Dom Pedro II e fundada por Claude Henri Gorceix no dia 12 de outubro de 1876, a Escola de Minas foi pioneira em estudos geológicos, mineralógicos e metalúrgicos. Em uma viagem feita à França, Dom Pedro II pediu a Auguste Daubrée, que fizesse um levantamento no Brasil de quais seriam as melhores formas de desenvolvimento de estudos e de exploração mineral. Auguste Daubrée tinha acabado de ser nomeado Diretor da Escola de Minas de Paris e por esse motivo, recusou o pedido de Dom Pedro, prometendo enviar Claude Henri Gorceix, pessoa de sua confiança.
Após um minucioso estudo feito no Brasil, Gorceix chega à conclusão de que Ouro Preto era uma região de grande riqueza geológica e envia um relatório a D. Pedro II, informando ter encontrado o lugar ideal para fundar a sede da Escola.
Ainda, como resultado do Ciclo do Ouro, da importância do estado de Minas Gerais e, devido à uma geologia favorável da região, se deu a criação da Escola de Minas de Ouro Preto, em 1876, que constituiu o marco para o desenvolvimento da indústria da mineração e da metalurgia no Brasil. Idealizada por Dom Pedro II e tendo como primeiro diretor o francês Henry Gorceix, a Escola de Minas foi criada com o objetivo de preparar engenheiros para a exploração das minas e para criar e operar estabelecimentos metalúrgicos no país.
Desde o início no chamado Ciclo do Ouro, a mineração no Brasil permanece como uma das mais importantes indústrias do país. Grande geradora de divisas, a mineração está intimamente ligada ao desenvolvimento econômico e social nas regiões onde se instala. Há mais de 300 anos, o ciclo do ouro fez com que Minas Gerais se tornasse o maior centro populacional das Américas. Em consequência disso, uma vasta região da colônia foi incorporada alterando de maneira significativa a ocupação do território, a distribuição da população e as atividades econômicas, sociais e culturais do Brasil, tendo a cidade de Ouro Preto como expoente, onde o curso de Engenharia de Minas mais tradicional do Brasil se localiza.
A mineração no Brasil permanece como uma das indústrias mais importantes, gerando desenvolvimento econômico e social nas regiões onde se instala. Atualmente existe, mesmo com o advento do Reuni, demanda muito grande por Engenheiros de Minas. Conforme registros do E-MEC, em 2022, o número de cursos de Engenharia de Minas no Brasil é igual a trinta, sendo quinze em Universidades Federais, três em Universidades Estaduais e doze em Faculdades Particulares, grande parte deles com professores e coordenadores formados no curso de Engenharia de Minas da UFOP.
A crescente dependência mundial por bens minerais justifica o oferecimento do curso de Engenharia de Minas e, ainda, a grande procura por Engenheiro(as) de Minas em todo o mundo, inclusive no Brasil. Aliado a isso, a implantação do novo Marco Regulatório no país, que tem como objetivo principal o estímulo à mineração via concessão de novas áreas e de explotação, reforça o argumento da crescente demanda por Engenheiros(as) de Minas no país.